Escritor Dalton Trevisan morre aos 99 anos; conheça as principais obras
2024-12-10 HaiPress
O escritor Dalton Trevisan morreu aos 99 anos — Foto: Reprodução
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 10/12/2024 - 01:18
Falecimento de Dalton Trevisan,o Vampiro de Curitiba
O renomado escritor Dalton Trevisan,conhecido como o vampiro de Curitiba,faleceu aos 99 anos. Reconhecido por suas obras contistas,recebeu diversos prêmios,incluindo o Prêmio Camões. Sua produção literária inclui mais de 50 obras,sendo destaque os livros "Novelas Nada Exemplares","O Vampiro de Curitiba" e "Cemitério dos Elefantes". Seu romance "A Polaquinha" e suas obras estão disponíveis pela editora Record. Em 2025,a Todavia passará a publicar sua obra. Trevisan liderou grupo literário e teve destaque na revista Joaquim.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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O escritor paranaense Dalton Trevisan,o vampiro de Curitiba,morreu nesta segunda-feira,9,aos 99 anos. A informação foi confirmada pela agente do autor. Considerado um dos maiores contistas contemporâneos do Brasil,Trevisan recebeu o Prêmio Camões em 2012,pelo conjunto de sua obra. Ele também venceu prêmios como o Jabuti,o Machado de Assis,APCA,o prêmio da Biblioteca Nacional e o Oceanos.
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Entre 1945 e 2023,o escritor publicou cerca de 50 obras.
Trevisan alcançou repercussão nacional em 1959,após a publicação de Novelas Nada Exemplares. A obra reuniu sua produção literária até então,e rendeu ao autor o Prêmio Jabuti de Câmara Brasileira do Livro.
Posteriormente,ele publicaria O Vampiro de Curitiba,em 1965,livro que deu a ele o apelido pelo qual era conhecido,devido ao temperamento recluso e à aversão a entrevistas. Trata-se de uma coletânea de 15 contos que se passam na capital paranaense,cheios de suspense e mistérios.
Em Cemitério dos Elefantes,de 1964,Trevisan apresenta também um conjunto de narrativas curtas que exploram o lado sombrio e o obscuro do ser humano.
A Polaquinha,de 1985,foi o único romance publicado pelo escritor. A trama acompanha a história de uma jovem bonita,loira e de classe média,que trabalha como prostituta para pagar os estudos.
Atualmente,os livros do autor estão disponíveis pela editora Record. Três obras de Trevisan foram relançados pela editora em junho de 2024: “Cemitério de elefantes”,“Macho não ganha flor” e “Contos eróticos”.
“Contos eróticos” foi relançado em junho de 2024 — Foto: Reprodução
Em 2025,ano de seu centenário,a Todavia passará a publicar a obra de Trevisan. Além disso,a editora prepara também uma antologia de contos do “vampiro”,organizada por Felipe Hirsh e Caetano Galindo. O livro será lançado em junho e ainda não tem título.
Ele morreu em casa. Segundo a agente,informações sobre a causa da morte e o velório do autor não foram reveladas para manter a privacidade. Trevisan nasceu em Curitiba,no Paraná,em 14 de junho de 1925.
Prêmios
Trevisan ganhou Jabuti outras três vezes ao longo da carreira: em 1965,1995 e 2011.
Em 2012,o escritor foi eleito por unanimidade vencedor do Prêmio Camões. No mesmo ano,recebeu o Prêmio Machado de Assis,da Academia Brasileira de Letras.
Trevisan,que raramente dava entrevistas,recebeu o apelido de "Vampiro de Curitiba" após a publicação do livro.
Formado em direito pela Universidade Federal do Paraná,ele abandonou a profissão após sete anos e passou a trabalhar na fábrica de vidros da família.
Liderou,entre 1946 e 1948,o grupo literário responsável pela publicação da revista Joaquim,que tornou-se símbolo e porta-voz daquela geração de artistas. A publicação reunia escritos de autores como Antonio Cândido,Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade,além de ilustrações de Di Cavalcanti e Heitor dos Prazeres.
Foi na revista que publicou materiais de suas primeiras obras,como Sonata ao Luar,de 1945,e Sete Anos de Pastor,de 1948.