Biolab toma R$ 240 milhões com BNDES para remédios inovadores — veneno de aranha contra impotência está nos planos
2024-11-05 HaiPress
Medicamentos — Foto: Unsplash
RESUMO
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Biolab: Investimento em Inovação Farmacêutica
A Biolab recebeu R$ 240 milhões do BNDES para inovar em remédios,incluindo um derivado de veneno de aranha contra impotência. A empresa planeja investir R$ 1 bilhão em um novo complexo industrial e fechar 2024 com faturamento de R$ 3 bilhões. O BNDES aprovou R$ 2 bilhões em crédito para o setor farmacêutico,incentivando a produção e inovação de fármacos no Brasil.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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A Biolab,farmacêutica nacional da família Marques que é a décima maior em faturamento no país,recebeu aval para tomar R$ 240 milhões junto ao BNDES para financiar seus projetos de pesquisa e desenvolvimento. Os recursos,liberados por meio do programa BNDES Mais Inovação,serão usados na criação de novas moléculas e no desenvolvimento de novos genéricos para tratamento de diabetes e hipertensão.
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Entre os medicamentos inovadores perseguidos pela Biolab está uma molécula sintetizada a partir de substância encontrada no veneno da aranha armadeira. Resultados preliminares indicam que há nela potencial para tratamento da disfunção erétil. Segundo a Biolab,o medivamento está sendo desenvolvido com parceiros e vem apresentado resultados "promissores e seguros" nos testes.
Já na categoria que o BNDES chama de "inovações incrementais",a Biolab quer aprimorar processos associados a medicamentos já existentes,como anti-hipertensivos e anestésicos.
“É uma oportunidade de mostrar o alto valor tecnológico que a indústria brasileira é capaz de oferecer,contribuindo para aumentar nossa autossuficiência e competitividade no cenário mundial”,diz,em nota,Cleiton de Castro Marques,sócio e membro do conselho da Biolab,fundada por ele em 1997.
R$ 1 bilhão
Em entrevista recente ao jornal Valor Econômico,a companhia disse estar investindo R$ 1 bilhão em novo complexo industrial em Pouso Alegre (MG) e que planeja fechar 2024 com faturamento de R$ 3 bilhões. Entre os medicamentos do seu portfólio está o Vonau Flash,usado para o tratamento da náusea e criado em parceria com a USP. Segundo informou a USP durante a pandemia,sua patente é a mais lucrativa até hoje na história da universidade.
Em nota enviada à coluna,o presidente do BNDES,Aloizio Mercadante,disse que,no primeiro semestre de 2024,o BNDES aprovou R$ 2 bilhões em crédito para o setor farmacêutico,cifra recorde na série histórica iniciada em 1995.
“Na área de saúde,é muito evidente o impacto social e econômico de uma política industrial que estimule a produção e a inovação. Após anos de negacionismo no país,o governo do presidente Lula retoma o apoio ao desenvolvimento de novos fármacos para ampliar o acesso da população à saúde,oferecendo alternativas de tratamento mais eficientes e mais baratas",argumentou Mercadante na nota.
A Biolab é controlada por família com tradição no setor. Um irmão do fundador Cleiton de Castro Marques é dono da União Química,e seu sobrinho João Adibe comanda a Cimed.