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Símbolo da Lava-Jato, Petrobras inaugura Comperj 16 anos após o início das obras

2024-09-11 HaiPress

Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj),em Itaboraí,no Rio. Plano de investimentos da Petrobras para retomada da construção de refinarias,algo que não era feito desde a década de 1980 — Foto: Custodio Coimbra

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GERADO EM: 11/09/2024 - 04:00

Petrobras encerra Polo GasLub em Itaboraí após prejuízos bilionários.

A Petrobras conclui o Polo GasLub em Itaboraí após 16 anos e US$ 14 bilhões em prejuízos,devido a escândalos da Lava-Jato. A estatal foca em processar gás natural,ampliando a oferta nacional. Planos de expansão incluem refinarias e usinas termelétricas,com expectativa de inauguração em cerimônia com o presidente Lula,evidenciando burstiness após anos de perplexidade.

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Dezesseis anos e US$ 14 bilhões em prejuízos após o início das obras,a Petrobras concluiu o que sobrou do Comperj,hoje com o nome de Polo GasLub Itaboraí. A petroleira recebeu na sexta-feira passada a autorização da ANP,a agência reguladora do setor,para receber o gás natural produzido em campos do pré-sal na unidade. Está prevista para sexta-feira uma cerimônia de inauguração,com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Em vez do complexo petroquímico originalmente planejado,o empreendimento agora se dedica apenas a processar o gás natural dos campos do pré-sal,trazido por um gasoduto de 355 quilômetros de extensão,a maior parte submarina,mas já tem ampliações a caminho.

O primeiro plano de negócios da Petrobras sob o novo governo do PT incluiu novas refinarias no empreendimento — que deverá ter o nome novamente alterado,segundo apurou O GLOBO.

Mesmo com o escopo reduzido,a finalização da construção da UPGN (unidade que processa o gás) e da Rota 3 (um dos trechos da rede de gasodutos submarinos que escoa a produção em alto-mar) terão o efeito de ampliar a oferta de gás natural no mercado nacional.

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As estruturas têm capacidade para processar 21 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Em entrevista à Agência Estado na segunda-feira,a diretora de Engenharia,Tecnologia e Inovação da Petrobras,Renata Baruzzi,afirmou que esse volume de produção supera as importações de gás feitas pela companhia,ou seja,o saldo final da entrada em operação das primeiras unidades do Polo GasLub será o aumento da oferta do insumo no país.

A Petrobras confirmou ao GLOBO o início do funcionamento da UPGN,mas informou que a operação comercial está prevista apenas para outubro.

De polo petroquímico a destaque da Lava-Jato

As obras do projeto bilionário,que deveria atrair fábricas de plástico para Itaboraí,na Região Metropolitana do Rio,começaram em 2008,mas foram paralisadas em 2015. A construção do Comperj foi destaque entre os casos de corrupção envolvendo a Petrobras,que seriam revelados pela Operação Lava-Jato,a partir de março de 2014.

Desde 2008,a petroleira estatal já contabilizou prejuízo de ao menos US$ 14 bilhões com o projeto,fruto de pagamento de propinas,obras superfaturadas e mudanças no projeto. Entre 2017 e 2018,já no governo Michel Temer,a Petrobras abandonou de vez os planos de construir refinarias para produzir insumos petroquímicos. Foi então que o projeto foi encolhido.

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Mesmo assim,até ficarem prontas agora,a finalização da construção da UPGN e da Rota 3 teve idas e vindas. As obras foram afetadas pela crise econômica causada pela Covid-19 e chegaram a ser novamente paralisadas,em 2022 — com direito a desavenças com as construtoras contratadas.

Os presidentes da Petrobras desde o primeiro governo Lula

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José Eduardo Dutra foi presidente da Petrobras de 2 de janeiro de 2003 a 22 de julho de 2005,no primeiro mandato de Lula — Foto: Aílton de Freitas/Agência O Globo

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Sérgio Gabrielli foi nomeado presidente da Petrobras no segundo mandato de Lula e continuou no comando da empresa até fevereiro de 2013,já no governo de Dilma Rousseff. No seu mandato,a estatal segurou os preços dos combustíveis — Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo

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Maria da Graça Foster foi presidente da empresa de fevereiro de 2012 a fevereiro de 2015,no governo de Dilma Rousseff — Foto: Divulgação/Agência Petrobras

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Aldemir Bendine foi o terceiro presidente da Petrobras no governo Dilma Rousseff. Ficou no comando da empresa de 6 de fevereiro de 2015 a 30 de maio de 2016. Foto Givaldo Barbosa/Agência O Globo

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Pedro Parente foi presidente da Petrobras de 30 de maio de 2016 a 1 de junho de 2018,no governo de Michel Temer. Sob sua gestão,a estatal mudou seu estatuto e ampliou as regras de governança. Ele estava no comando da empresa durante a greve dos caminhoneiros — Foto: Jorge William/Agência O Globo

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Ivan Monteiro sucedeu Parente quando este saiu após a greve dos caminhoneiros. Monteiro ficou à frente da Petrobras também no governo de Michel Temer,de 1 de junho de 2018 a 3 de janeiro de 2019 — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo

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Roberto Castello Branco comandou a empresa no início do governo Bolsonaro e deixou a presidência da Petrobras em abril de 2021,após desgaste com o presidente em meio a reajustes de combustíveis. Ele foi indicado por Guedes — Foto: AFP

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Joaquim Silva e Luna assumiu a presidência da empresa em 16 de abril de 2021 e foi demitido por Bolsonaro,segundo integrantes do governo,em meio à pressão por conta do aumento no preço dos combustíveis,e depois de críticas feitas pelo governo e pelo Congresso à estatal — Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

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Quarto presidente da Petrobras nomeado por Jair Bolsonaro,José Mauro Ferreira Coelho renunciou após forte pressão do presidente e do Congresso. Ele havia sido demitido após 40 dias.— Foto: PR

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Caio Paes de Andrade,ex-secretário de Desburocratização de Guedes,assumiu a presidência da Petrobras em junho de 2022 — Foto: Divulgação

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Escolhido pelo presidente Lula,Jean Paul Prates presidiu a estatal de janeiro de 2023 a maio de 2024 — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

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Depois de um processo tenso com a demissão de Prates,Magda Chambriard foi escolhida para dirigir a Petrobras a partir de maio de 2024 - Foto: Ana Paula Paiva / Valor

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Publicidade Desde o primeiro governo de Lula,empresa teve onze presidentes. Magda Chambriard é a 12º

Ampliação à vista

A possível participação do presidente Lula na cerimônia de inauguração prevista para sexta-feira reforça os planos de ampliar o Polo GasLub. O Plano Estratégico 2024-2028,primeiro da estatal sob a nova gestão petista,lançado em novembro do ano passado,incluiu a construção de refinarias de diesel,de diesel renovável e de bioquerosene de aviação no empreendimento.

Uma suposta lentidão na execução deste plano de investimentos de US$ 102 bilhões foi colocada como um dos estopins para a demissão de Jean-Paul Prates,primeiro presidente da Petrobras no atual governo Lula.

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Anunciada como nova presidente da estatal em maio,Magda Chambriard assumiu o cargo em junho com a missão de acelerar obras,como as de ampliação do GasLub. Ainda em maio,a Petrobras lançou a licitação para contratar a construção das novas refinarias.

Além das refinarias,a Petrobras já anunciou publicamente a intenção de construir no GasLub um “parque termelétrico”,com duas usinas de geração de eletricidade a gás natural. Somadas,as usinas teriam capacidade de 1,867 gigawatts (GW).

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