Cientistas têm uma nova teoria sobre motivo pelo qual orcas atacam barcos, e não é só por tédio; entenda
2024-08-29 HaiPress
Novos estudam tentam entender por que orcas atacam barcos — Foto: Reprodução
RESUMO
Sem tempo? Ferramenta de IA resume para vocêGERADO EM: 29/08/2024 - 04:01
Teoria: Orcas usam barcos para caçar atum
Cientistas têm nova teoria sobre ataques de orcas a barcos na Espanha: orcas podem estar usando embarcações como alvos de prática para caça de atum-rabilho-do-Atlântico. Estudos revelam que orcas jovens e adultas estão envolvidas,aprendendo e ensinando novas técnicas. Medidas de dissuasão incluem pintar cascos,tocar heavy metal e evitar áreas com atividade de orcas.O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
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Um grupo de orcas danificou o leme de um veleiro,deixando sua tripulação de duas pessoas à deriva nas águas ao largo do Cabo Finisterra,na Espanha,neste domingo,segundo um comunicado enviado por e-mail pelos trabalhadores de resgate. Este é o mais recente de uma série de ataques por grupos de orcas que nadam ao redor da Península Ibérica.
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Embora o veleiro,o Amidala,não tenha afundado,grupos de orcas afundaram várias embarcações nos últimos anos. Os pesquisadores ainda não sabem se os ataques são brincalhões ou maliciosos,mas uma nova teoria,baseada em estudos dos grupos problemáticos de orcas,sugere que elas podem estar usando os barcos como alvos de prática para novas técnicas de caça. Outras teorias concorrentes ainda existem.
Independentemente das intenções das orcas,o comportamento é suficiente para preocupar os marinheiros que navegam nas águas muito frequentadas ao redor do Norte da África,Espanha e Portugal.
Orcas danificaram o leme de um veleiro,o que levou a Guarda Costeira Espanhola a rebocar o barco para terra firme,na costa da Galícia,Espanha,no domingo — Foto: Reprodução/Facebook/Guarda Costeira Espanhola
O Amidala,tripulado por dois belgas,encontrou um número desconhecido de orcas na tarde de domingo. Eles enviaram um pedido de socorro ao Centro de Resgate Marítimo de Finisterra,que rebocou a embarcação de volta à costa,segundo o centro.
O leme danificado do veleiro e as más condições meteorológicas na área tornaram o resgate mais árduo,com ondas chegando a quase 3 metros e ventos atingindo velocidades de 64 km/h. Uma tripulante feminina do Amidala sofreu ferimentos na mão enquanto o veleiro estava sendo rebocado,e ela foi transferida para uma embarcação de resgate,informou o centro de resgate. Após mais de quatro horas,o Amidala conseguiu voltar à costa.
'Controle de multidão' o momento em que uma orca está cruzando um cardume em alto mar — Foto: Andy Schmid / World Nature Photography Awards
Nos últimos anos,marinheiros têm compartilhado dicas sobre como parar os ataques das orcas,ou pelo menos como dissuadi-las. Deterrentes incluem pintar o casco de uma cor diferente. Outra tática é tocar música heavy metal em alto volume ou espalhar areia no oceano. Há também um aplicativo que rastreia a atividade das orcas no oceano,permitindo que os barcos evitem os grupos.
Os pesquisadores não têm explicações definitivas sobre por que as orcas,aparentemente apenas nesta região,estão aumentando os ataques a embarcações. Uma teoria sugere que as colisões têm origem em encontros traumáticos anteriores entre orcas e barcos. Alguns cientistas pensam que pode ser algo mais simples — como mamíferos naturalmente curiosos e brincalhões,as orcas podem estar apenas se divertindo.
Comportamento de orcas chamaram atenção ao redor do mundo. — Foto: Maqua/UERJ
A outra nova teoria vem do Instituto de Pesquisa de Golfinhos Nariz-de-Garrafa,que vem rastreando os ataques das orcas a embarcações desde 2020. Eles descobriram que grupos de orcas na costa da Espanha,que migram nas águas entre o Norte da África e a Península Ibérica,desenvolveram um gosto pelo atum-rabilho-do-Atlântico,de acordo com um artigo que o instituto publicará no próximo mês.
Essa espécie de atum pode crescer até 3 metros de comprimento e se mover a velocidades que as orcas nem sempre conseguem alcançar,pelo menos não sem treinamento,disse Bruno Díaz López,o biólogo-chefe do instituto. Os veleiros costumam ser do tamanho ideal para treinar — eles se movem rapidamente e silenciosamente,e perto da superfície da água,de forma semelhante à presa das orcas.
Orcas danificaram veleiros próximos da Península Ibérica — Foto: Foto de Felix Rottmann
Os pesquisadores que estudam os incidentes de colisão descobriram que são principalmente as jovens orcas que atacam os veleiros,mas às vezes os adultos parecem estar ensinando os membros mais jovens do grupo como fazê-lo. As orcas também perceberam que o leme é macio o suficiente para morder e que a fibra de vidro é ideal para a colisão,disse Díaz López.
"Isso é como um brinquedo de treinamento",disse Díaz López. "É uma pena que nós,humanos,estejamos no meio desse jogo,mas elas estão aprendendo."
Veja as finalistas da categoria Impacto Ambiental no Ocean Photographer of the Year 2024
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Imagem de urso polar com pedaço de plástico preso à boca é finalista em concurso anual de fotografia oceânica — Foto: Célia Kujala
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Fotografia de Morus emaranhado pendurado em um penhasco é finalista no Ocean Photographer of the Year 2024. — Foto: Rebeca Douglas
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Fotografia de barbatanas de tubarão em processo de desidratação,na Indonésia,concorre ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: Jasmim Corbett
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Imagem de polvo preso dentro de embalagem de sanduíche,nas Filipinas,concorre ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: Pietro Formis
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Um peixe-cunha-de-nariz-liso criticamente ameaçado demonstra o custo da captura acidental; foto concorre a prêmio ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: Francesca Page
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Mesmo após elevar a altura da residência duas vezes,o pescador Abdul Latief,de 62 anos,não consegue mais evitar enchentes após destruição dos manguezais que protegiam a costa. Foto concorre ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: Giacomo d'Orlando
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Uma arraia prenha presa em uma estrutura de aquicultura,em Portugal; imagem concorre ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: João Rodrigues
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Uma plataforma de gelo derretida no Ártico cria cachoeiras,no Mar de Barents,Ártico; imagem concorre ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: Scott Portelli
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Mergulhadores livres do Papahānaumokuākea Marine Debris Project,no Havaí,trabalham para remover uma grande rede fantasma das águas do extremamente remoto e desabitado Pearl e Hermes Atoll; imagem concorre ao Ocean Photographer of the Year 2024 — Foto: Andrew Sullivan-Haskins
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Foto de baleia morta na Islândia é finalista em categoria de Fotógrafo de Conservação Oceânica do Ano (Impacto) — Foto: Frederik Brogaard
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