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Estudo aponta que veneno para ratos começou a afetar grandes predadores na cadeia alimentar nos EUA; entenda

2024-08-14 HaiPress

Leão-da-montanha — Foto: Reprodução/US Department of Agriculture

RESUMO

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GERADO EM: 14/08/2024 - 04:00

Veneno de ratos ameaça carnívoros na cadeia alimentar dos EUA

Estudo revela que veneno de ratos prejudica predadores na cadeia alimentar dos EUA. Químicos afetam linces,raposas,leões-da-montanha e coiotes. Rodenticidas ameaçam espécies selvagens,com impacto letal. Uso desregulado coloca em risco populações de carnívoros globalmente. Bioacumulação é perigosa,com casos em martas na Califórnia. Pesquisa aponta mortes significativas em leões,linces e coiotes. Espécies ameaçadas também são afetadas na África e Ásia. O fenômeno preocupa especialistas em conservação.

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O uso de veneno de rato invade a cadeia alimentar e ameaça predadores no topo. Estudos recentes apontam que cerca de um terço dos mamíferos carnívoros selvagens,incluindo aqueles que geralmente não consomem roedores,como pumas e lobos cinzentos,foram expostos a rodenticidas. Esses venenos,amplamente utilizados para controlar populações de ratos,podem causar sérios danos a outras espécies.

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Os venenos mais comuns são os rodenticidas anticoagulantes,que interferem na coagulação do sangue. Embora sejam direcionados a ratos,acabam afetando predadores que se alimentam desses roedores envenenados. Pesquisadores documentaram a presença desses químicos em várias espécies,como linces,raposas e doninhas. Em muitos casos,o veneno foi associado diretamente à morte dos animais,como confirmado por análises dos tecidos do fígado.

Raposas são encontradas mortas após consumirem roedores envenenados nos Estados Unidos — Foto: Pixabay

Os rodenticidas de segunda geração,desenvolvidos desde a década de 1970,são os mais prevalentes e têm o poder de matar roedores após uma única ingestão. Eles são amplamente disponíveis e seu uso é pouco regulado,o que eleva o risco de declínio em diversas populações de carnívoros ao redor do mundo.

O fenômeno da bioacumulação,que ocorre quando o veneno se move pela cadeia alimentar,representa uma ameaça significativa. Por exemplo,grandes predadores,como lobos,podem ingerir veneno ao se alimentar de carnívoros menores que consumiram roedores envenenados. A Live Science destaca que esse tipo de contaminação já reduziu drasticamente populações de espécies,como as águias americanas,antes da proibição do pesticida DDT em 1972.

Ratos — Foto: Pixabay

Os estudos revisados indicam que a exposição ao veneno de rato ocorre não só em áreas urbanas e agrícolas,mas também em espaços naturais. Um estudo de 2012 revelou a presença de rodenticidas em martas que habitavam áreas próximas a plantações ilegais de cannabis na Califórnia,onde os produtores utilizam venenos para proteger seus cultivos.

Impacto desse envenenamento em cascata é preocupante. Em um estudo específico nas Montanhas de Santa Monica:

21 de 22 leões da montanha testados apresentaram exposição ao veneno e morreram em decorrência do envenenamento.93 de 105 linces testados tiveram resultado positivo para exposição,com mais de 70 mortos devido a doenças secundárias associadas.23 de 27 coiotes também mostraram sinais de envenenamento,e 12 morreram.

Embora a maioria das pesquisas sobre o impacto dos rodenticidas tenha sido conduzida na América do Norte e na Europa,algumas espécies em risco habitam outras regiões,como o gato-de-patas-pretas na África. Esses venenos também são comuns em plantações de óleo de palma na Ásia,onde carnívoros,como civetas-palmeiras e gatos-leopardos,sofrem impacto direto.

Coiotes são encontrados mortos após consumirem roedores envenenados nos Estados Unidos — Foto: RENE RAUSCHENBERGER por Pixabay

Segundo a Live Science,cerca de 19% das espécies carnívoras listadas como ameaçadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) habitam áreas onde a exposição a rodenticidas foi documentada.

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